segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Louco não, sou TRIATLETA!

Estamos estreiando aqui no WooM Blog uma série de depoimentos sobre treinos de triathlon, o "Louco não, sou Triatleta!". Confira nossa primeira reportagem:

Sexta feira, 25 de Novembro: Convites e ligações de amigos e da namorada começam a aparecer para um happy-hour qualquer e uma possível esticada, para os mais atirados. Subitamente antes de respondê-los, penso no que tenho pra fazer (...)


Sábado, 26 de Novembro: Exatamente 05h30min da manhã meu relógio desperta, levanto rapidamente confiro se carreguei tudo no carro, bike, capacete, luvas, tênis, sapatilha, barras de cereal, malto... Pego qualquer coisa pra comer, volto pro quarto escovo os dentes!! Meu primeiro destino, posto de gasolina na saída da BR277/ PR destino litoral.


Encontramos às 06h30min com a turma, pra variar em Curitiba chovendo e mesmo assim temos a esperança que em Caiobá, apenas um tempo fechado nos espera.

Com um pouco de atraso chegamos em Caiobá às 8 hrs e 30 min após começamos o treino, sempre com as piadinhas da turma... Da barriga do Jean Paul, das bombas do Luciano “Caxa”, da operação no umbigo do Ademar (que não estava presente)... E assim iniciamos os 50 km de pedal., sendo que 25km eram pra morte!!

Após o pedal tivemos que encarar 4 x 1000m de corrida!!! Para aqueles que chegaram por último sempre uma piadinha a mais! Enfim, todos sorrindo e com a endorphina em alta com a sensação de mais um dever foi cumprido!

(...) Ai eu te pergunto: Eu preciso falar a resposta do primeiro parágrafo? Preciso explicar o porquê da resposta? rs

Presentes nesse dia: Andressa, Lucia, Jean Paul, Luciano e Dudu Gumiero, Jonatan, Caratuva, Diogo, Eduardinho, Luciano Caxa, Perdão e Esteves na retaguarda.

Quero ver essa lista aumentar no próximo sábado!!

Abraço a todos,

Dudu Gumiero
 
Foto:José Esteves

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Domínio Queniano

Qual o segredo dos corredores quenianos para o sucesso mundial nas corridas de longa distância? Esta é uma pergunta que sempre nos fazemos. E todas as respostas, embora tentando justificar a natureza desta qualidade desses atletas, muitas vezes não são muito esclarecedoras. Apresento aqui um estudo de Henri B. Larsen, publicado na revista Comparative Biochemistry and Physiology Part A, em março de 2003, em que o autor apresenta alguns aspectos interessantes, como seguem.

Durante as duas últimas décadas, mudou dramaticamente o cenário masculino internacional de fundo e meio fundo. Apenas 17 anos atrás, todas as distâncias de 800 m a maratona eram dominadas por europeus. Nos dias de hoje, a proporção de atletas entre os 20 melhores do mundo está assim: 11,7% de europeus; 85% de africanos, dos quais 55,8% são quenianos. Então, o que faz os corredores quenianos correrem tão bem? Os fatores a considerar são: dotação genética, formação, treinamento e altitude (2000 m), bem como, especificamente para o excelente desempenho em corridas de fundo, a combinação entre a alta capacidade
de liberação de energia aeróbia, alta utilização do consumo máximo de oxigênio durante a competição e uma boa
economia de corrida.

Com o objetivo de estabelecer uma relação entre todos estes fatores, o autor, através de uma extensa revisão da
literatura, identificou todos os parâmetros necessários para sugerir o porquê desta superioridade dos atletas quenianos. O consumo máximo de oxigênio, sua alta taxa de utilização durante a competição e a economia de corrida são cruciais fatores para o sucesso. Investigações destes fatores-chaves indicam que a superioridade do Quênia nas corridas de longa distância se deve a uma única combinação destes fatores.
Especialmente a economia de corrida dos quenianos tem sido mostrada como uma habilidade, onde a forma do corpo aparece sendo um ponto crítico.

Entretanto, por este ângulo, muitos etíopes, negros sul-africanos e indianos parecem ter quase a mesma forma do corpo dos quenianos. Podemos até especular por que corredores destes países não apresentam o mesmo nível dos corredores quenianos nas corridas de longa distância. De fato,
os corredores de elite sul-africanos têm mostrado atualmente uma economia de corrida similar a dos quenianos. O que lhes falta é provavelmente um alto consumo máximo de oxigênio ou a habilidade em usar um porcentual suficientemente alto deste consumo quando estão correndo.

Após perceberem o talento para a corrida dos quenianos, agentes ocidentais e treinadores têm trazido recursos financeiros e reconhecimento para a corrida de fundo no Quênia, e, por meio disso, de uma maneira ocidental, contribuído para o desenvolvimento do potencial
dos quenianos e para o sucesso dos quenianos na corrida de longa distância.

Se isto poderia acontecer em alguma outra parte do mundo, é uma pergunta que ainda nos intriga. Será que existem outros lugares no mundo, onde as pessoas possuem dotação genética e propriedades fisiológicas para o desempenho atlético similar a dos quenianos e, paralelo a isso, um ambiente de apoio sócio-econômico, político e cultural para sustentar um similar desenvolvimento?

Sim, provavelmente, mas para outra modalidade de desempenho que a corrida, onde os quenianos podem ser únicos.

Concluindo, podemos observar que este estudo, nos mostra que os atletas quenianos apresentam um fator diferencial na avaliação com os demais atletas do mundo. Embora apresentem o mesmo potencial, ou seja, podem atingir altos níveis de consumo máximo de oxigênio como os outros atletas pelo mundo, conseguem sustentar esta alta intensidade por um tempo mais prolongado.

Fonte: Revista Afirmativa Plural

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Eduardo Lass - Atleta WooM é 1º lugar na Categoria e 3º no Geral

Confiram o depoimento do Atleta WooM, que participou ontem [15/11/2009] do 5º GP Internacional realizado em Camboriú, SC. Eduardo Lass concluiu a prova em 3º no Geral e em 1º na Categoria! Parabéns Eduardo!

Hoje, 15/11, realizei a prova do GPI.


Consegui nadar bem e sair em primeiro da água com mais dois atletas, que já na transição para o pedal ficaram para trás. Hoje pedalei como nunca!!! Fazendo muita força desde do primeiro km. Na rainha tive a excelente torcida do Philippe, Fábio Toshio e Erik, que me motivaram bastante para que eu conseguisse manter o ritmo forte até o final da subida!!!

Faltando apenas uns 3 Km aprox. para acabar o ciclismo o meu pneu traseiro furou. Como eu estava liderando a prova, continuei pedalando até chegar na transição. Liderei até a metade da primeira volta da corrida. Depois disso os atletas que vinham me passaram e eu cheguei a ficar em 5º no geral na segunda volta da corrida. Porém na terceira e última volta fui buscar!!! Alcancei o 3º lugar e fiquei correndo atrás dele até uns 200 metros pra chegada. Então pro final, dei aquele sprint e conseguir ficar em 1º na categoria e 3º no geral!

Estou feliz com esse resultado, mesmo que não tenha conseguido correr como pretendia!

Abraço a todos e obrigado pela torcida daqueles que estavam assistindo a prova!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Dicas para ser um bom escalador na bike

A tão sonhada camisa branca com bolinhas vermelhas ou simplesmente ser chamado de “O Rei da Montanha” após conquistar pontos durante as escaladas de uma prova pode significar anos de trabalho de uma equipe e de um ciclista para conquistar tal mérito.


Não menos importante que uma camisa amarela (líder geral) ele também recebe muito reconhecimento da mídia com patrocínios e uma bela premiação do evento. As subidas mais conhecidas são da região dos Alpes e Pirineus e a classificação de sua dificuldade vem de acordo com a posição da subida na etapa, a inclinação e a distância. Sendo que a mais temida recebe o nome de “Hors Categorie” como o Tourmalet, Alpe d`Huez e Mont Ventoux.

Nem toda subida tem como vencedor um ciclista de menor estatura e super magro. Para uma grande subida, é preciso que se treine a parte física e psicológica. Para uma boa escalada, ou seja, chegar bem e sentir-se com as pernas fortes é preciso claro de muito treino e não existe outra opção, uma grande aliada é a musculação.

Ciclistas como o famoso Lance Armstrong, que foge do perfil do escalador baixinho e magrinho (como o Marco Pantani) treinam horas e mais horas, dia após dia, sob sol, chuva e até neve. Não tem escapatória, uma boa escalada vem de um treinamento rico na sua fase de base, com bastante ritmo e treino de força.

Dicas de Treino para subir bem:

- Sempre tenha na sua agenda algumas subidas, desde as longas e menos íngremes as curtas e bem acentuadas.

- Relaxe os membros superiores (não faça força no guidão)

- Fortaleça bem seu abdome e lombar

- Comece leve e aumente o número de subidas gradativamente, assim como sua velocidade e repetições.

- Boa hidratação.

- Mantenha um RPM maior que 70 e não mais do que 90.

- Tente subir sentado assim gastará menos energia.

Dicas de bike:

- Pneus bem calibrados

- Roupas de boa qualidade, permitindo boa respiração

- Sapatilhas bem ajustadas (sem folga e com taquinhos novos)

- Hoje temos opções dos volantes reduzido por exemplo: Coroa 50 x 34 dentes ! Ou também usar um cassete com mais dentes atrás como 26,27,28 dentes.

Curiosidade: O ciclista Michael Rasmussen usou em 2007 durante as subidas do Tour de France uma bike da marca Colnago, feita para subidas, sem nem ter suporte para caramanhola.

Um pouco de psicologia:

Muitas vezes o que nos faz desistir de fazer força ou até mesmo de continuar, é achar que não vai conseguir simplesmente pelo medo de fracassar, pois então comece a treinar agora, é no treino que aceitamos errar. Como diria Lance Armstrong “ O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre”. Encare aquela subida como um desafio, queira subir e ganhar dela, afinal, quanto antes você subir, antes acabará sua dor.

Matéria por Igor Laguens

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Tao do TRI

Às vezes, gosto de pensar no triatlhon não como esporte, mas como arte marcial. Trata-se, afinal, de um combate constante com os próprios limites, e também contra adversários. De lutas interiores e batalhas exteriores. De lágrimas, suor e por vezes sangue. E de vida e morte, porque durante os treinos, nos matamos cada dia um pouquinho (literal e figurativamente), para depois de cada prova renascer, vitoriosos – ainda que seja por haver tentado.

Uma vez aceita essa proposição, o triatleta, enquanto praticante de arte marcial, passa a ser um guerreiro. Tem seu uniforme, que o torna parte de uma tribo, e lhe confere uma identidade perante o mundo ao seu redor; tem seu mestre, responsável por orientá-lo no caminho da natação, ciclismo e corrida; tem suas práticas diárias, que o tornam capaz de nadar, pedalar e correr mais rápido, ou mais longe, ou ainda, quando ele for um grande guerreiro, mas rápido E mais longe. Tem seus rituais, que lhe permitem ao longo do tempo nadar pedalar e correr como se nadarpedalarecorrer fosse uma coisa só. Por fim, tem suas Grandes Provas – que mesmo pequenas aos olhos dos outros, para ele serão sempre Grandes, porque envolvem superar a si e aos outros em três campos de batalha diferentes.

Assim era também com os Samurais do Japão feudal, que além de dominar a arte do manejo da espada e do arco e flecha, deviam ser proficientes no combate corpo a corpo. Eram de certa forma, triatletas sem saber. Só que além da prática diária nessas três modalidades, eles exercitavam com igual dedicação a Poesia, o Arranjo Floral e a Cerimônia do Chá. E é justamente nesse ponto que o Samurai-Triatleta de ontem e o Triatleta-Samurai de hoje começam a traçar caminhos divergentes. É nesse ponto que, no meu entender, temos a grande lição a aprender.

O Samurai, na prática das artes marciais, desenvolvia a técnica e o preparo físico que tornavam seu corpo apto à luta com o inimigo externo, assim como faz o Triatleta hoje em dia sem seus treinos. Já no exercício da Poesia, do Arranjo Floral e da Cerimônia do Chá, o guerreiro japonês buscava o equilíbrio e fortalecimento do seu espírito, que o permitia melhor enfrentar e vencer seus inimigos internos. E porque ele sabia, como também nós sabemos, que o inimigo interno (materializado no Medo, na Insegurança, e na Arrogância, dentre outros) nos derrota antes, e com mais facilidade, que o inimigo externo, o Samurai confiava menos no poder da técnica e do preparo que na força da vontade e do espírito.

Nesse ponto, me parece que nós, Triatletas-guerreiros de hoje, temos um vazio a preencher. Algumas vezes, ganhamos (i.e. compramos) nossa faixa preta antes de aprender a lutar, e, pior, acreditamos que ela detém o segredo da vitória. Com isso, corremos o risco de virar guerreiros de desfile, preocupados em mostrar nosso equipamento, uniforme e porte físico, mas desprovidos de ética, coragem, e humildade. Corremos o risco de, na pressa de buscar a vitória, desprezar outras faces da luta – como a técnica, o tempo de aprendizado e as derrotas – que são pré-requisitos da vitória sadia. E, levados pela crença cega e dependência exagerada nos equipamentos e na tecnologia, podemos até vencer os outros, mas continuaremos sempre perdendo para nós mesmos.

Talvez a nossa chance de resgatar em nós a essência do esporte esteja em voltar um pouco às origens, e nadar bastante em águas abertas (somente de sunga) pedalar muito na estrada (com um “caroção” de ferro), e correr sob sol, vento ou chuva (de calção e camisa de algodão, e um tênis qualquer). Deixar de lado, ainda que em alguns treinos somente, a crença nas promessas da alta tecnologia, e recuperar a confiança no que somos capazes de produzir sem carbono, sem vitaminas, sem hormônios, sem GPS e sem EPO. Esgotar as nossas possibilidades de melhorar sem recursos externos. E, porque não, trocar algumas horas de musculação por alguma atividade que acalme e fortaleça o espírito.

Como conseqüência, imagino que voltaríamos a nos aproximar daquele caminho trilhado pelo Samurai – o caminho que leva o Guerreiro, na busca da perfeição em sua arte, a tornar-se um indivíduo melhor. E quem sabe, como efeito colateral, chegaríamos (guardadas sempre as devidas proporções) mais próximos daquele que deve ser o resultado mais fantástico da história do Triatlhon até hoje: Dave Scott, 1980 – natação 50 min, ciclismo 5hs03min, corrida 3hs30min. Total 9hs 24min. De sunga, caroção e roupa de algodão.

domingo, 1 de novembro de 2009

Maratona de Curitiba - 22/11/2009

O atletismo tem se tornado muito popular no Brasil nos últimos anos, prova disso é a crescente procura pelas corridas de rua. No dia 22/11/2009 será realizada a 13ª Maratona de Curitiba, que conta também com uma prova de 10Km e a caminhada de 5Km. A busca pelas inscrições têm sido muito grande nos últimos dias, visto que é considerada uma das provas mais difíceis do país. Esse crescente número de inscrições pode ser explicado pelo sentimento de realização, como explica para nós o corredor José Antunes, de 65 anos e corredor há 5.

"Todos sempre dizem que a maratona de Curitiba é a mais difícil do Brasil, eu particularmente não faço os 42Km, prefiro as de 10. Em todas as corridas realizadas em Curitiba percebemos a cresente adesão do cidadão e o aumento da prática do atletismo. Todos os praticantes de corrida querem fazer essa prova, pois conseguir concluir nos desperta um sentimento de realização muito grande, uma sensação de dever cumprido."

A organização da Maratona traz uma novidade aos participantes. É a criação de um bônus na premiação no valor de R$ 1 mil para quem bater os recordes da prova no masculino e feminino. Para fazer sua inscrição, acesse o site da prova clicando Aqui.

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