sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

10 dicas para vencer a batalha psicológica nas provas

Todos que já correram um Ironman ou um Ironman 70.3 sabem que o seu nível de preparação física nos três esportes não é o único fator, e talvez nem mesmo o principal, para ter um bom desempenho. Entre o tiro de largada e a linha de chegada, o seu maior desafio é sua mente.

Pensamentos negativos podem ocorrer a qualquer momento e, diante de um momento de dificuldade, destruir sua autoconfiança e acabar com sua prova. Aprendi isso da forma mais dura possível: durante uma prova de Ironman 70.3 fui atingido na cabeça na natação e me senti muito mal, chegando a vomitar na água. Logo depois, na mesma prova, tive um pneu furado logo na saída da primeira transição. Apesar das dificuldades, consegui terminar a prova, com um tempo ruim, mas com uma satisfação que nunca havia sentido.

Aprendi que é possível estar preparado também para essa batalha psicológica. Apresentamos 10 dicas para treinar sua mente para enfrentar os desafios e dificuldades que podem ocorrer em uma prova:

1. Visualize sua prova nas horas vagas: encontre momentos em seu dia para pensar sobre seu desempenho na prova mentalize como você quer se sentir em cada etapa. Isso vai fazer com que você se sinta “em casa”, pois vários momentos serão muito próximos ao que você imaginou, reduzindo sua ansiedade.

2. Faça dos seus treinos um esboço de suas provas: os treinos também são um espaço para mentalização. Por exemplo, quando estiver terminando um treino longo de corrida, pense na emoção de terminar a prova para a qual está se preparando. Essa preparação fará com que você suporte melhor as condições duras da prova, pois seu corpo já reconhece a sensação de satisfação posterior.

3. Prepare-se para as piores situações: diversas situações inesperadas podem ocorrer durante os treinos, como um pneu furado, um equipamento quebrado, você pode esquecer sua alimentação em casa, pode ter um problema estomacal e muitas outras possibilidades. Faça dessas situações uma preparação para as provas e, se possível, não pare de treinar e volte para a casa. Tente fazer o que faria no dia da prova, imaginando situações ainda piores.

4. Seguindo o passo anterior, crie situações difíceis e desafios em alguns treinos durante a temporada. Converse com seu técnico sobre a possibilidade de incluir treinos inesperados eventualmente.

5. Durante a prova, sua mente precisa estar sempre clara e focada na chegada, não nas dificuldades. Se você tiver um pneu furado, por exemplo, não pense no tempo que você perdeu, pense em continuar sua programação de prova, mantendo seu ritmo e os pensamentos positivos. Mais uma vez, utilize imprevistos nos treinos para se preparar.

6. Não se desespere com situações difíceis, como um pneu furado ou porque você sofreu uma penalização de 5 minutos. Faça sua prova como você mentalizou durante sua preparação. Muitos atletas apresentam seu melhor desempenho em situações como essa simplesmente porque estão confiantes o suficiente para ignorar esses fatos.

7. Evite definir seu estado a cada 5 minutos durante uma prova longa. Muitos atletas se preocupam demasiadamente com seu estado e acabam com uma grande confusão mental: “Estou me sentindo bem…(5 minutos depois)…Estou me sentindo mal, vou quebrar…(5 minutos depois)… vou bater meu recorde pessoal… (5 minutos depois)… estaõ todos muito rápidos, será que estou quebrando?…” Livre-se desses pensamentos e pense que, se você está fazendo tudo direito (hidratação, alimentação e ritmo), então a chance de ser a prova da sua vida é a maior possível.

8. Se a situação estiver muito difícil ou se as distâncias parecerem intermináveis, separe a prova em trechos menores, com metas intermediárias. Essa atitude fará com que você se sinta mais motivado ao cumprir seus objetivos menores. Em um piscar de olhos sua próxima meta será a linha de chegada.

9. Faça o que você tem que fazer e sinta-se feliz com isso. Se você tiver que parar para ir ao banheiro, para se alimentar, para alongar ou para qualquer outra necessidade.

10. Não espere uma prova perfeita, crie uma prova perfeita superando as adversidades e se preparando para lidar com situações imprevistas. Não fique frustrado porque a prova não foi perfeita, fique feliz porque você conseguiu superar o problema e cruzar a linha de chegada. Você dará mais atenção ao fato de ter o privilégio de poder competir em um esporte tão maravilhoso.

Fonte: Wagner Araújo e Mundo Tri

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Camiseta Training WooM - Saiba qual é a tecnologia utilizada

A WooM desenvolveu uma camiseta com uma eficiente mescla de tecido de poliamida com poliéster.

Parte frontal é confeccionada em tecido 100% poliéster, gerando estrutura e design a peça.

A parte das costas é em tecido 100% poliamida propiciando conforto, maciez e sensacional termorregulação.

A camiseta possui aplicação na parte frontal de material refeltivo (tecnologia 3M®).

Ideal para utilizar em treinos, na academia e até mesmo em competições. Também econtra-se na cor vermelho, detalhes dessa peça confira no site http://www.woom.com.br/

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Almoço de Confraternização

Sábado 19/12/09, estivemos no almoço de encerramento de mais um ano, confraternizando com as equipes Amaral Triathlon e a Assessoria Alexandre Perdão. Este é o outro lado do esporte que muitas vezes passa despercebido.


O esporte além das conquistas nas corridas de rua, provas de triathlon... inclui-se também a conquista das amizades!

Parabéns a todos, que nos próximos anos esse grupo torne-se MAIOR ainda!!!

Sr Adir Buschmann - Seu Dico deixa as Gêmeas

Há 78 anos, nascia na cidade de Rio Negro, no Paraná, e criado no interior de Porto União, onde hoje é a cidade de Irineópolis, Adir Buschmann, o “Seu Dico”. O segundo filho de cinco irmãos, é formado em contabilidade e reservista do exército. Antes de voltar para Porto União, morou entre outras cidades, como Joinville, Curitiba, São Paulo, Florianópolis. Além de breves passagens por outras cidades de Santa Catarina, São Paulo e do Paraná.


Quando deixou a carreira militar, seguiu a profissão de contador dividida com a profissão de jogador de futebol. Ele jogou profissionalmente na cidade de Joinville, na extinta América. Uma lesão em seu joelho direito fez o atleta voltar para o escritório, mas não fez Seu Dico deixar o esporte. Foi nesse momento em que começou a nascer o triatleta. Sem poder jogar, ele começou a treinar ciclismo. “Era triatleta e não sabia, enquanto os outros jogadores no final do jogo estavam cansados, eu estava com todo o pique”, lembra.

Trabalhou primeiro na empresa de seu pai e depois em várias empresas, fixando-se em Porto União para trabalhar em uma firma de peças, a JoBrasil. Cerca de dez anos depois, comprou a parte de peças de bicicletas da empresa onde trabalhava, e com o nome Unisul abriu seu próprio negócio, que por 40 anos comandou até o final do ano de 2007.
Somente na década de 90, ele se tornou conhecido nacionalmente, quando começou a participar de várias provas de triatlhon pelo País e fora dele. Graças a um conselho de um amigo, que disse “aprenda a nadar bem e comece a participar de triatlhon”. Foi aí, aos 60 anos, que começou a pensar em fazer esse esporte.

Sua primeira participação no triatlhon foi a uma competição do Sesc, em Curitiba, em 1992, na qual conseguiu o terceiro lugar em sua categoria, com 60 anos de idade. Com um ritmo de treino de seis horas diárias, Seu Dico começa a participar de triatlhon pelo País afora, até que em 2001, conseguiu se classificar para participar da maior prova de triatlhon do mundo, realizada no Havaí, onde nasceu essa prova de resistência. “Consegui uma parte apenas do dinheiro necessário para viajar, a maior parte foi minha irmã e parentes que arrumaram. A passagem paguei a prestação”, lembra Seu Dico, que ficou dois anos pagando as contas dessa viagem.
Dessa viagem, ele recorda emoções e muitas histórias. Uma circular mal traduzida quase deixou Seu Dico de fora de sua primeira prova internacional. A roupa de borracha usada para a natação em mar aberto deveria ser com manga. “Por ser uma roupa muito cara, eu tinha apenas uma de manga curta, que ganhei do então governador de Santa Catarina Esperidião Amin, mas na hora conseguiu emprestada uma roupa com manga de um norte-americano que vendia as roupas no local do evento”, recorda. Ele alcançou uma boa colocação em sua categoria, na sua primeira participação do Ironman Havaí, na cidade de Kailua-Kona. Participaram daquela competição 1.500 atletas, sendo que 1.200 terminaram a prova, todos atletas profissionais. Na categoria em que Seu Dico competiu haviam 15 participantes. Na prova era preciso nadar 3.9 mil metros em mar aberto, percorrer 180 quilômetros de bicicleta e 42,2 quilômetros de corrida, enfrentando naquele ano um vento de até 90 Km/h. Em 2007 Seu Dico voltou a participar do Ironman, mas desta vez não conseguiu completar a prova, devido ao forte calor.

Mas a rotina de ver ele treinar nas ruas de Porto União e União da Vitória chegou ao fim. Segundo seu Dico, por insistência de familiares, ele se mudou para a cidade de Curitiba, no domingo, 01, onde já havia comprado um apartamento para morar com sua esposa e filho. “Já vi algumas ruas onde eu possa treinar lá em Curitiba”, falou. Mesmo morando na capital paranaense, Seu Dico garante que não deixará de representar e de levar o nome das duas cidades onde for. “Vou continuar a representar Porto União da Vitória, pois amo estas cidades”, afirma o atleta.

Outro hobby Seu Dico diz que não vai largar, é a confecção de rede de proteção para apartamentos, “em Curitiba não vou mais poder instalar, mas vou continuar fazendo as redes, eu sento na bicicleta ergométrica e vou fazendo a rede, este é meu hobby”, explica o atleta.


Texto e Foto: Jornal O Iguassu - 05/11/2009

domingo, 20 de dezembro de 2009

Corredor tanzaniano será atração na São Silvestre

A 85ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre terá um representante de nacionalidade bastante incomum no último dia do ano. O corredor Martin Sulle, nascido na Tanzânia, confirmou presença na tradicional prova paulistana após participar recentemente de três provas brasileiras, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais.


O atleta de 27 anos está a apenas dois meses no Brasil, mas o tempo foi suficiente para vencer o circuito carioca dos 10K Rio – Corrida Panamericana, e os 10K Brasil, na capital paulista. Além disso, foi o segundo colocado na Volta Internacional da Pampulha, em Belo Horizonte, sendo superado apenas por Nicholas Koech, bicampeão da competição mineira e confirmado na prova do último dia de 2009.

Sulle tem como recordes pessoais as seguintes marcas internacionais: 10K - 28min15s60, em Manchester (ING); 15K - 43min26s, em Villamoura (POR); e Meia Maratona - 1h00min29s, em Milão (ITA).

Os kits, compostos de camiseta da competição, do manual do atleta e do número de peito, além do chip, serão entregues nos dias 27, 28 e 29, das 9 às 19 horas, e no dia 30, das 9 às 17 horas. O material não será entregue na data da prova, apenas nas datas e horários citados anteriormente.


A prova deste ano terá os seguintes horários de largada: 15h00 - cadeirantes e handcycle (masculino e feminino); 15h05 - outras categorias de atletas com deficiência; 16h30 - elite feminina; e 16h47 - elite masculina e demais categorias. O percurso é o mesmo das últimas temporadas, com total de 15 quilômetros. A largada será dada em frente ao Masp (Avenida Paulista, 1578) e a chegada ocorrerá em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero (Avenida Paulista, 900).

Fonte: http://www.saosilvestre.com.br/

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Feliz Natal!


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A corrida no ritmo feminino

A Mulher continua descobrindo a corrida e tudo que ela pode proporcionar quando praticada regularmente e com uma orientação personalizada. Em todas as provas que são realizadas no Brasil e no exterior o número de mulheres é cada vez maior e sua performance na média tem melhorado muito.

 O curioso é que pesquisas constatam que a mulher acima de 35 anos predomina nas provas. Muitas vezes as mulheres estão presentes até nas faixas etárias acima de 65 anos.

 O que eu posso perceber com o meu grupo de corredoras é que a partir do momento que a aluna entende o desenvolvimento do seu treinamento e sente que tem condições reais de se manter na corrida e evoluir nos seus objetivos, ela se encanta, e vê na corrida o suporte essencial para o seu equilíbrio. Assim a corredora passa a ter confiança e parte em busca do aperfeiçoamento.

 O treinamento para as mulheres precisa ser desenvolvido gradualmente e também deve respeitar muitos aspectos, principalmente os individuais. O ritmo feminino, por exemplo, é um deles e deve ser respeitado para que todas as etapas do treinamento sejam assimiladas sem contratempos. Por isso é necessário bom senso do professor ou personal, mas também por parte da aluna, que deve evitar a ansiedade, para descobri esse ritmo. Ela deve respeitar seu corpo e principalmente buscar o seu ritmo ideal.

 No início este ritmo ideal pode ser alcançado através de um check-up, que inclui hemograma completo, eletrocardiograma e uma teste ergoespirométrico. Posteriormente ela deve realizar uma avaliação prática com seu personal, onde será levantada como esta a sua condição física atual. Uma análise mais profunda é importante. Nesta a aluna falará e responderá um questionário com itens abordados que ajudarão o personal e a aluna a se conhecerem melhor, bem como constatar as dificuldades da aluna e os aspectos que lhe são favoráveis. Tudo para buscar o ritmo ideal.

 Na verdade o treinamento acontece a partir do reconhecimento e da
 importância que a aluna dará a sua atividade, além da sua conscientização pessoal. A corrida tem que ser vista como um benefício para a saúde.

 O ritmo feminino precisa ser alcançado e objetivado para que a corredora permaneça motivada e em condições reais de melhorar sua postura, passada, sua capacidade de adaptar-se ao esforço, melhorar sua resistência global e sua determinação. Ela também deve ficar atenta as reações de seu corpo e sentir juntamente com seu personal qual a dinâmica/seqüência de treinos que lhe favorecem. Tudo isso deve sempre levar em consideração suas características e objetivos.

 Vale lembrar que a aluna deve realizar no mínimo três treinos na semana para sentir os benefícios da corrida. Se a aluna se mantém em atividade e dá continuidade à corrida, a partir do terceiro mês ela já sente que esta adquirindo ritmo, passa a conhecer parte de suas reações no momento em que esta treinando e passa a se superar. Posteriormente ela descobrirá o seu ritmo ideal, será conhecedora de seu ritmo cardíaco, da sincronia de sua passada, do alinhamento e do movimento de seus braços e principalmente perceber que já possui recursos para correr por mais tempo ou mais intensidade.

 Quando falamos em ritmo ideal estamos propondo uma busca inédita, este ritmo se fará presente em tudo que é importante em nossas vidas, e pode nos levar a muitas descobertas. Com certeza este encontro com a corrida e o nosso ritmo nos levará a lugares e experiências que renovarão nosso espírito, fortalecerá o nosso corpo e nos tornará mais aptas a novos desafios.

 A corrida na sua essência é ritmo, todos temos o nosso, que no decorrer de nossas vidas se perde, por isso temos que resgatá-lo sempre e isso precisa ser feito de tempos em tempos. Quando corremos nos libertamos, tornamo-nos diferentes, especiais para nós mesmas.

 A mulher sente necessidade de leveza, a leveza nos faz reagir e quando encontramos o nosso ritmo é certo que encontramos parte de nosso caminho. Portanto vamos nos movimentar, correr, caminhar rápido. A mulher já percebeu que corrida é uma iniciativa que proporciona integração. Vale a pena experimentar!

Materia por Eliana Reinert e WebRun
Foto: Minisaia

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Tecidos Tecnológicos


Nas últimas duas décadas muito mudou em relação às roupas esportivas, os tecidos, os cortes e o material. A mudança continua, pois a procura por aumento de performance, a quebra de recordes e economia de energia e movimento estimulam a criação de novas roupas esportivas. Até porque o homem está chegando ao seu limite físico, agora os outros componentes entram em ação. Para poder falar mais sobre este assunto e dar mais informações que pudessem esclarecer o que é o tecido de compressão, para que usá-lo e quem deve usar, consultei uma profissional da área de pesquisa e desenvolvimento têxtil, Karla Krivtzoff (Engenheira Química).

O Principio da Compressão
De acordo com estudos em laboratórios, a importância da compressão fornecida pela roupa esportiva durante o exercício, a partir do momento em que ela atua sobre um grupo muscular, comprimindo-o de maneira ideal, resulta em:
• Melhor execução do movimento uma vez que o cérebro e o corpo (músculo) tem uma melhor comunicação, evitando assim, as lesões por uso incorreto do movimento.
• Força aplicada com melhor execução, e transferência de força aumentada, através de diminuição da vibração muscular, que também causa desgaste físico e desperdício energético.
• Recuperação mais acelerada após grande esforço físico, pois há uma diminuição dos micro-traumas musculares, que são normais de ocorrer durante o exercício.
• Aumento de micro circulação, fazendo a produção de acido lático ser retardada. Pois o sangue venoso é removido mais depressa, dando lugar ao sangue rico em oxigênio. “Aumento da oxigenação muscular”.

De que forma podemos encontrar os tecidos de compressão:
-Bermudas para corredores e ciclistas
-Roupas de natação
-Meias
-Calças
-Camisetas

Moda e atividades esportivas
Como nós nos inspiramos nos atletas de altíssima performance, é devido a isso que já podemos ver durante nossos treinos pessoas usando os tecidos de compressão que assim como todos devem saber, não se trata de roupa para frio mas sim de roupas para atletas que buscam o alto rendimento e uma recuperação mais rápida após um treino de grande esforço. Nos atletas de ponta este recurso pode inclusive auxiliar a quebra de um recorde, servindo como um incremento de performance, mas no caso de atletas amadores, o maior benefício trazido é a prevenção de lesões e a rápida recuperação após o exercício de alta intensidade. Lembrem-se: Não é uma roupa para se proteger do frio!
Muitos atletas estão começando a aderir a esta nova tecnologia e a partir da melhora dos resultados, muitos buscam mais informações, o que tem aumentado o seu uso, mas o destaque ainda está no uso pelos triatletas e corredores de endurance que tem um desgaste físico muito grande e durante uma prova como o Iron Man, cada detalhe é importante para um bom resultado.


Visando atender as necessidades dos atletas, a WooM juntamente com seus designers e atletas, desenvolveram o Triathlon Suit (macaquinho) produzido com tecido que em sua composição mistura LYCRA® e poliamida Amni® Biotech® (qualidade Sta. Constancia®), proporcionando excepcional conforto e aderência ao corpo, que resultam em melhor precisão na execução de movimentos. A tecnologia empregada no produto gera efeito de compressão, que auxilia na prevenção de distensões, câimbras e diminuição de dores após os exercícios.


Concluindo
O uso da nova tecnologia é destinado aquele atleta que busca uma alta performance e através do uso desta, ter uma melhora no resultado e uma recuperação mais acelerada. Lembre sempre de perguntar ao seu médico e ao seu treinador se o uso deste produto é indicado para você.

Texto: Igor Krivtzoff Laguens/ www.igorbikefit.wordpress.com
Texto Complemento: WooM

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Da Série: Louco não, sou triatleta! Treino 2

Acordo e a primeira coisa que me vem à cabeça é “chuva!” - como se isso fosse bom, quem foi que disse que com chuva não teria treino? O asfalto estava molhado e ainda tinha um chuvisco, mas aquilo não era chuva de verdade, não a que precisava pra cancelar o treino.


Levanto num pulo, no impulso, sem pensar mesmo porque se a cabeça tiver meio segundo de raciocínio lógico eu volto pra minha cama e, como qualquer ser normal, continuo o meu descanso merecido, afinal são 5h30min de um sábado frio e chuvoso de novembro.

Ao menos já tinha deixado as coisas arrumadas na sexta-feira à noite e isso significa minutos a mais com o cérebro desligado ainda, já que não precisava me preocupar com o que carregar só em carregar simplesmente.

Enfio meu café da manhã goela abaixo, nem o gosto do pãozinho com queijo e do leitinho com chocolate eu sinto, mas já acostumei e aprendi que é melhor colocar alguma coisa para dentro mesmo sem vontade pra não faltar lá no meio do pedal – muitas vezes tive a impressão de que se descesse da bike e empurrasse iria mais rápido, mas quem já não passou por isso?

Muito bem, coloquei a ração pra Matilda, troquei a água e brinquei com ela um pouquinho enquanto ainda tomava meu leite. Meia-hora depois de levantar, agora meu cérebro começava a despertar e eu já tinha a capacidade de fazer um rápido “check list” da bagagem antes de descer.

Tudo certo, lá vou eu! Mochila nas costas, sacola com água e lanchinho numa mão, bike na outra... E mais uma sacola com sapatilha, capacete e mais outros badulaques necessários – fico pensando o que as pessoas que me vêem carregada assim às seis “da madruga” imaginam, será que só eu tenho a sensação de ser “louca de pedra”?

Coisas no carro, minhas e da Fer, prontas pra viajar – e confesso que se não fosse ter tratado com ela, jamais levantaria da cama naquele horário e também acabaria não treinando no final de semana, obrigada Fer!

E preciso dizer que o treino foi massa?! E quando eu digo “massa” digo “muito legal mesmo” - não sei se posso usar aquela “palavrinha” que define tudo aqui nesse blog, então entendam “massa”!! Boa companhia, momentos impagáveis, sessão baboseira e claro, força, muita força. Precisei do resto do sábado e do domingo todo pra recuperar, mas valeu cada minuto do treino.

Já falaram que atletas são viciados em endorfina e eu arrisco dizer que não é só isso que nos movimenta, não é só isso nos faz pular da cama cedo, escuro ainda, pegar nosso equipamento e sair. Muito mais que hormônio, acredito, o que nos impulsiona é a energia impressionante que temos quando estamos com os outros da “tribo”. Tenho certeza que não sou a única que sente essa vontade de estar sempre perto dos amigos, fazendo força, suando, sofrendo pra depois sentir a recompensa, os risos, as brincadeiras e a coca-cola gelada esperando no final!!
É por isso que eu digo, quando o “bichinho te pega...”

E que venham os treinos!!

Obrigado Luciana por esse excelente depoimento! Até o próximo desafio, no "Louco não, sou triatleta!" Treino 3

Até Logo!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Conheça as novidades de bikes de triathlon para 2010

Com investimento em beleza e aerodinâmica, a Expo Bike Brasil, que aconteceu na última semana em São Paulo, apresentou os novos modelos de bicicletas para triathlon, que estarão disponíveis já no início de 2010. Muitas marcas apostaram em manter os modelos lançados em 2008 e algumas optaram por mudanças, para trazer bons resultados em competições nacionais e internacionais.

A Fuji, por exemplo, manteve a D6 Professional, com Shimano DI2 e os cabos embutidos no garfo. O diferencial da marca é o posicionamento do freio traseiro, que fica atrás do quadro. A colocação do sistema favorece a performance e diminui o arrasto da bike, um benefício que os triathletas procuram no equipamento. Atualmente, a D6 completa custa aproximadamente R$49 mil.

Para o próximo ano, a Sundown também optou por não fazer mudanças em sua principal bike de triathlon, a TR1. Ela continua com o peso de 8,6 quilos, quadro de fibra de carbono, câmbio, rodas e freios da Shimano. A única alteração foi no grafismo, já que a cor mais procurada pelos atletas é branca com vermelho e grafite. O preço estimado pela Sundown na bike completa é de R$8.299.

Desempenho - Com apenas quatro anos no mercado de bicicletas de triathlon, a Merida aposta na Time Warp, lançada com exclusividade aqui no Brasil durante o IronMan. O próprio engenheiro da marca competiu com a bike, na competição realizada em Florianópolis e o destaque é uma peça chamada Modular Head, que ajusta o posicionamento do guidão sem precisar colocar anéis.

A peça vem com a bike em dois tamanhos, 10 e 20 milímetros e ajusta a altura do equipamento de acordo com a competição. Além do Modular Head, o canote do selim é ajustável e removível, o que evita o atleta precisar cortar a peça para deixar na altura desejada. Porém, o novo equipamento ainda não está disponível para o varejo. A bike ainda está em fase de teste pelos atletas patrocinados pela marca, como o argentino radicado no Brasil Oscar Galindez.
 
Fonte: Bruna Didário - WebRun

domingo, 6 de dezembro de 2009

Irom Man 3000 A.C.


“Do alto da colina, Trtlt contemplou o cenário, e ponderou suas opções. Poderia seguir em frente, atravessando o lago, e fazer assim o caminho menos longo; ou, poderia desviar-se para o lado em que o sol nascia, e contornar o mesmo lago ao invés de ter que enfrentar a água gelada, fazendo um caminho, para ele, longo demais.
Era possível ainda, pensou, fazer meia volta, caminhar sobre seus passos, deitar novamente ao lado de Mlhr, e deixar-se hipnotizar pelo fogo que aquecia sua caverna. Era possível, mas irreal, porque sua barriga, e as barrigas de Mlhr e dos 3 filhos pequenos, já estavam ficando vazias, e o estoque de carne de caça estava perigosamente baixo. Além do mais, o instinto de sobrevivência era maior que o pavor da água gelada, e muito maior que a preguiça.

Optou por seguir em frente. Sabia que naquela época as águas estariam frias, mas já havia sobrevivido ao frio e à distância antes - bastava, nos momentos difíceis, quando parecia que o frio e o cansaço iriam mandá-lo feito uma carcaça de urso para o fundo do lago, lembrar dos rostos sorridentes de seus filhos, e das pauladas que Mlhr lhe daria na cabeça se não levasse comida para casa, que forças ocultas lhe brotavam.

E assim Trtlt, contrariado, amarrou sua lança de caça aos pés, mergulhou na água gelada, e nadou. E nadou, nadou e nadou. E quando achou que já tinha nadado muito, nadou mais um pouco. E quando lhe pareceu que já tinha nadado demais, nadou ainda outro tanto. Algum tempo depois - uma eternidade para ele - tocou a margem. Exausto, deixou-se cair no cascalho, tiritando de frio, o peito arfando, pernas e braços entorpecidos. Ainda de olhos fechados, sentiu que os primeiros raios de sol vinham aquecer-lhe um pouco o corpo nu. Lágrimas, não sabia se de dor ou gratidão, brotaram subitamente, e subitamente desapareceram no rosto ainda molhado. Abriu os olhos. Fitou o céu. A lua já havia desaparecido, e se ele quisesse chegar à caverna antes dela voltar, teria que correr.

Pondo-se de pé, Trtlt começou a correr em direção a um vale salpicado de pequenos pontinhos negros. Ainda meio zonzo, continuou correndo até chegar bem perto dos pontinhos, agora materializados em belos e selvagens cavalos, e identificar um deles como sendo Baikh, sua fiel montaria. Trtlt precisaria de Baikh para atravessar as imensas planícies que o separavam de sua caça. Trtlt amava Baikh quase tanto quanto Mlhr. Talvez só não amasse mais porque Baikh não conseguia transportá-lo através do maldito lago.

Trtlt e Baikh seguiam pela planície, suas sombras cada vez menores. A cavalgada era a parte que Trtlt mais gostava, porque não ficava muito cansado. Mas o prazer que sentia ia diminuindo na medida em que se aproximavam do desfiladeiro. Trtlt sabia que nem Baikh, nem montaria nenhuma, conseguiriam seguir pelo desfiladeiro. E mesmo que conseguissem, do outro lado havia a escarpa, íngreme demais para a maioria dos homens, impossível para um cavalo. Na verdade, Trtlt sabia que somente um homem com muita fome, e com muito medo de Mlhr, conseguiria passar por ali.

Chegando à base do desfiladeiro, Trtlt desmontou, empunhou sua lança, e espalmou a mão nas ancas de Baikh, que partiu em disparada. Daqui para frente ele seguiria a pè, e Baikh retornaria ao seu vale, e aos outros pontinhos pretos. Nessas alturas, Trtlt já praticamente não via mais sua sombra. Corria sobre ela, perdendo-a de vista em meio às folhas, galhos e pedras que havia na trilha, e em meio às suas visões da caça que perseguia. E Trtlt correu. Correu tanto que a pele dos pés ficou em carne viva, e suas pernas endureceram, e suas unhas caíram.

Trtlt agora era um animal, tomado por instintos de sobrevivência. Precisava Matar para Comer. Precisava Matar para não apanhar de Mlhr (o que, ele temia, podia ser pior que a própria morte). E precisava Matar também para mostrar aos caçadores das cavernas vizinhas que ele era O Cara. Se triunfasse, teria comida, teria Mlhr, e teria o respeito dos caçadores vizinhos. Se falhasse, levaria uma surra, morreria de fome, e viraria piada na boca dos vizinhos. Que, de quebra, ainda comeriam sua Mlhr.

Mas a lança de Trtlt foi certeira. Abateu a caça, que transportara sobre os ombros, e quando lhe faltaram as forças, arrastara atras de si, com um único golpe. Tinha agora comida para durar O Tempo Suficiente. Que era o tempo para ele esquecer o frio, o cansaço, a fome, o medo. Tempo para que ele voltasse a ter coragem e disposição para refazer o que estava fazendo. Tempo para que seu corpo o perdoasse.

Quanto Trtlt finalmente retornou aos seus, sua sombra, que ficara novamente longa, havia sumido por completo; o sol a tinha levado embora, junto com um último sopro de energia que Trlt nem sabia que possuia. Mas seus esforços não haviam sido em vão. Ele foi recebido, mais uma vez, como herói em sua caverna e em seu território. Seus filhos sorriam, Mlhr esfregou seu nariz no dele, e os vizinhos deram altos brados, erguendo seus tacapes. A missão de Trtlt estava cumprida.

Naquela noite, equanto Mlhr e seus filhos descansavam de tanto comer, e seus vizinhos, reunidos ao redor da fogueira, comentavam a respeito de sua bravura, Trtlt encaminhou-se novamente ao alto da colina, e voltou a contemplar o lago, tingido de prata pela luz da lua. Lembrou-se da água gelada, do cansaço, do medo, da dor. Erão tão maiores que ele, pensou. E mesmo assim os havia derrotado. Pensou em Baikh, que provavelmente agora também descansava, e encheu-se de gratidão. "Se um dia, Baikh, você for capaz de atravessar esse lago", disse ele para si mesmo "coloco você para dormir na cama, e ponho Mlhr para dormir no chão".

Antes de ir embora, Trtlt voltou-se ao pequeno altar de pedra que havia construído, colocou diante dele uma oferenda de carne que separara especialmente para a ocasião, e disse: - Deus dos Ventos, Deus do Sol, Deus da Água, Deus de Todos os Deuses....permitam que meus filhos, e os filhos dos filhos dos filhos de meus filhos, e os descendentes deles por cem gerações, não precisem passar por isso para viver. Livrai-os de nadar, cavalgar e correr tanto assim".

5.000 anos depois, do alto de sua colina, Trtlt nos observa. Só não sei se com admiração ou incredulidade.”

Fonte: Site Konabikes

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Características Psicológicas durante Pico de Performance

O esporte é tudo e só é prejudicial se feito de maneira incorreta e sem acompanhamento profissional. Quem faz não larga, e quem tem objetivos altos, está sempre em busca do aperfeiçoamento e do PICO NA PERFORMANCE.

O pico de performance (Peak Performances) significa aquele momento mágico aonde um atleta consegue executar sua performance física e psicológica sem nenhum erro, de uma maneira excepcional e natural. Essas performances geralmente resultam em recordes pessoais.

Esse é o momento aonde atletas e técnicos trabalham tanto em busca da excelência. Atletas podem ser treinados para que eles alcancem esses picos de performance? Quais são as características principais de atletas que atingem esse momento mágico?

Particularmente com mais de 13 anos praticando esportes de resistência no nível profissional (triathlon, ciclismo e mountain bike) o principal é ficar tranquilo e deixar tudo fluir naturalmente. Por experiência própria acontece muitas vezes de nós atletas fazermos tudo certo para alcançarmos um pico em uma competição importante e porque as vezes gastamos uma temporada inteira para ir bem em uma só competição acaba que isso põe uma pressão muito grande e em vez de ajudar atrapalha na hora do vamos ver.

Nos últimos 20 anos, houve muitas pesquisas sobre os aspectos psicológicos que levam ao pico de performance. Ken Ravizza foi um dos primeiros psicólogos esportivos a publicar um estudo com as experiências subjetivas de atletas durante seus picos de performance. Mais de 80% dos atletas perceberam as seguintes características:

• Nenhum medo de perder
• Sem pensamentos sobre a performance em si
• Foco total na atividade
• Performance fluindo naturalmente e sem esforço
• Sentimento de estar em total controle da situação
• Experiência única, temporária e involuntária

Em outro estudo, Loerh and Garfield entrevistaram centenas de atletas de elite e identificaram 7 características físicas e mentais que os levaram ao pico de performance:

Relaxamento mental – isso foi descrito como uma paz interior. Os atletas responderam que eles tinham um alto nível de concentração nesse estado fazendo como se o tempo estivesse mais lento. Em contrapartida, a perca da concentração foi relacionada ao senso de que tudo estava acontecendo rápido demais.

Relaxamento físico -sentimento de que os músculos estavam relaxados e fluindo com os movimentos.

Confiante/otimista - Atitude positiva, auto-confiança e otimismo. Conseguir manter o controle e a pose mesmo em momentos difíceis da competição.

Foco no Presente – Quando você tem a harmonia do corpo e da mente trabalhando juntos. Nenhum pensamento do futuro ou do passado. O corpo funciona automaticamente, sem esforço mental.

Muita energia – Um estado de alta energia frequentemente descrita como sentimentos de satisfação, ecstasy, intensidade, e estar “quente”

Alerta extraordinária – o atleta está alerta a tudo. Ele está alerta em relação a reação dos outros competidores, eles perecem ler o próximo passo dos outros atletas.

Sob controle – o corpo e a mente parece saber exatamente o que fazer.

Matéria por Hugo Pradoneto
Mundo Tri

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Louco não, sou TRIATLETA!

Estamos estreiando aqui no WooM Blog uma série de depoimentos sobre treinos de triathlon, o "Louco não, sou Triatleta!". Confira nossa primeira reportagem:

Sexta feira, 25 de Novembro: Convites e ligações de amigos e da namorada começam a aparecer para um happy-hour qualquer e uma possível esticada, para os mais atirados. Subitamente antes de respondê-los, penso no que tenho pra fazer (...)


Sábado, 26 de Novembro: Exatamente 05h30min da manhã meu relógio desperta, levanto rapidamente confiro se carreguei tudo no carro, bike, capacete, luvas, tênis, sapatilha, barras de cereal, malto... Pego qualquer coisa pra comer, volto pro quarto escovo os dentes!! Meu primeiro destino, posto de gasolina na saída da BR277/ PR destino litoral.


Encontramos às 06h30min com a turma, pra variar em Curitiba chovendo e mesmo assim temos a esperança que em Caiobá, apenas um tempo fechado nos espera.

Com um pouco de atraso chegamos em Caiobá às 8 hrs e 30 min após começamos o treino, sempre com as piadinhas da turma... Da barriga do Jean Paul, das bombas do Luciano “Caxa”, da operação no umbigo do Ademar (que não estava presente)... E assim iniciamos os 50 km de pedal., sendo que 25km eram pra morte!!

Após o pedal tivemos que encarar 4 x 1000m de corrida!!! Para aqueles que chegaram por último sempre uma piadinha a mais! Enfim, todos sorrindo e com a endorphina em alta com a sensação de mais um dever foi cumprido!

(...) Ai eu te pergunto: Eu preciso falar a resposta do primeiro parágrafo? Preciso explicar o porquê da resposta? rs

Presentes nesse dia: Andressa, Lucia, Jean Paul, Luciano e Dudu Gumiero, Jonatan, Caratuva, Diogo, Eduardinho, Luciano Caxa, Perdão e Esteves na retaguarda.

Quero ver essa lista aumentar no próximo sábado!!

Abraço a todos,

Dudu Gumiero
 
Foto:José Esteves

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Domínio Queniano

Qual o segredo dos corredores quenianos para o sucesso mundial nas corridas de longa distância? Esta é uma pergunta que sempre nos fazemos. E todas as respostas, embora tentando justificar a natureza desta qualidade desses atletas, muitas vezes não são muito esclarecedoras. Apresento aqui um estudo de Henri B. Larsen, publicado na revista Comparative Biochemistry and Physiology Part A, em março de 2003, em que o autor apresenta alguns aspectos interessantes, como seguem.

Durante as duas últimas décadas, mudou dramaticamente o cenário masculino internacional de fundo e meio fundo. Apenas 17 anos atrás, todas as distâncias de 800 m a maratona eram dominadas por europeus. Nos dias de hoje, a proporção de atletas entre os 20 melhores do mundo está assim: 11,7% de europeus; 85% de africanos, dos quais 55,8% são quenianos. Então, o que faz os corredores quenianos correrem tão bem? Os fatores a considerar são: dotação genética, formação, treinamento e altitude (2000 m), bem como, especificamente para o excelente desempenho em corridas de fundo, a combinação entre a alta capacidade
de liberação de energia aeróbia, alta utilização do consumo máximo de oxigênio durante a competição e uma boa
economia de corrida.

Com o objetivo de estabelecer uma relação entre todos estes fatores, o autor, através de uma extensa revisão da
literatura, identificou todos os parâmetros necessários para sugerir o porquê desta superioridade dos atletas quenianos. O consumo máximo de oxigênio, sua alta taxa de utilização durante a competição e a economia de corrida são cruciais fatores para o sucesso. Investigações destes fatores-chaves indicam que a superioridade do Quênia nas corridas de longa distância se deve a uma única combinação destes fatores.
Especialmente a economia de corrida dos quenianos tem sido mostrada como uma habilidade, onde a forma do corpo aparece sendo um ponto crítico.

Entretanto, por este ângulo, muitos etíopes, negros sul-africanos e indianos parecem ter quase a mesma forma do corpo dos quenianos. Podemos até especular por que corredores destes países não apresentam o mesmo nível dos corredores quenianos nas corridas de longa distância. De fato,
os corredores de elite sul-africanos têm mostrado atualmente uma economia de corrida similar a dos quenianos. O que lhes falta é provavelmente um alto consumo máximo de oxigênio ou a habilidade em usar um porcentual suficientemente alto deste consumo quando estão correndo.

Após perceberem o talento para a corrida dos quenianos, agentes ocidentais e treinadores têm trazido recursos financeiros e reconhecimento para a corrida de fundo no Quênia, e, por meio disso, de uma maneira ocidental, contribuído para o desenvolvimento do potencial
dos quenianos e para o sucesso dos quenianos na corrida de longa distância.

Se isto poderia acontecer em alguma outra parte do mundo, é uma pergunta que ainda nos intriga. Será que existem outros lugares no mundo, onde as pessoas possuem dotação genética e propriedades fisiológicas para o desempenho atlético similar a dos quenianos e, paralelo a isso, um ambiente de apoio sócio-econômico, político e cultural para sustentar um similar desenvolvimento?

Sim, provavelmente, mas para outra modalidade de desempenho que a corrida, onde os quenianos podem ser únicos.

Concluindo, podemos observar que este estudo, nos mostra que os atletas quenianos apresentam um fator diferencial na avaliação com os demais atletas do mundo. Embora apresentem o mesmo potencial, ou seja, podem atingir altos níveis de consumo máximo de oxigênio como os outros atletas pelo mundo, conseguem sustentar esta alta intensidade por um tempo mais prolongado.

Fonte: Revista Afirmativa Plural

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Eduardo Lass - Atleta WooM é 1º lugar na Categoria e 3º no Geral

Confiram o depoimento do Atleta WooM, que participou ontem [15/11/2009] do 5º GP Internacional realizado em Camboriú, SC. Eduardo Lass concluiu a prova em 3º no Geral e em 1º na Categoria! Parabéns Eduardo!

Hoje, 15/11, realizei a prova do GPI.


Consegui nadar bem e sair em primeiro da água com mais dois atletas, que já na transição para o pedal ficaram para trás. Hoje pedalei como nunca!!! Fazendo muita força desde do primeiro km. Na rainha tive a excelente torcida do Philippe, Fábio Toshio e Erik, que me motivaram bastante para que eu conseguisse manter o ritmo forte até o final da subida!!!

Faltando apenas uns 3 Km aprox. para acabar o ciclismo o meu pneu traseiro furou. Como eu estava liderando a prova, continuei pedalando até chegar na transição. Liderei até a metade da primeira volta da corrida. Depois disso os atletas que vinham me passaram e eu cheguei a ficar em 5º no geral na segunda volta da corrida. Porém na terceira e última volta fui buscar!!! Alcancei o 3º lugar e fiquei correndo atrás dele até uns 200 metros pra chegada. Então pro final, dei aquele sprint e conseguir ficar em 1º na categoria e 3º no geral!

Estou feliz com esse resultado, mesmo que não tenha conseguido correr como pretendia!

Abraço a todos e obrigado pela torcida daqueles que estavam assistindo a prova!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Dicas para ser um bom escalador na bike

A tão sonhada camisa branca com bolinhas vermelhas ou simplesmente ser chamado de “O Rei da Montanha” após conquistar pontos durante as escaladas de uma prova pode significar anos de trabalho de uma equipe e de um ciclista para conquistar tal mérito.


Não menos importante que uma camisa amarela (líder geral) ele também recebe muito reconhecimento da mídia com patrocínios e uma bela premiação do evento. As subidas mais conhecidas são da região dos Alpes e Pirineus e a classificação de sua dificuldade vem de acordo com a posição da subida na etapa, a inclinação e a distância. Sendo que a mais temida recebe o nome de “Hors Categorie” como o Tourmalet, Alpe d`Huez e Mont Ventoux.

Nem toda subida tem como vencedor um ciclista de menor estatura e super magro. Para uma grande subida, é preciso que se treine a parte física e psicológica. Para uma boa escalada, ou seja, chegar bem e sentir-se com as pernas fortes é preciso claro de muito treino e não existe outra opção, uma grande aliada é a musculação.

Ciclistas como o famoso Lance Armstrong, que foge do perfil do escalador baixinho e magrinho (como o Marco Pantani) treinam horas e mais horas, dia após dia, sob sol, chuva e até neve. Não tem escapatória, uma boa escalada vem de um treinamento rico na sua fase de base, com bastante ritmo e treino de força.

Dicas de Treino para subir bem:

- Sempre tenha na sua agenda algumas subidas, desde as longas e menos íngremes as curtas e bem acentuadas.

- Relaxe os membros superiores (não faça força no guidão)

- Fortaleça bem seu abdome e lombar

- Comece leve e aumente o número de subidas gradativamente, assim como sua velocidade e repetições.

- Boa hidratação.

- Mantenha um RPM maior que 70 e não mais do que 90.

- Tente subir sentado assim gastará menos energia.

Dicas de bike:

- Pneus bem calibrados

- Roupas de boa qualidade, permitindo boa respiração

- Sapatilhas bem ajustadas (sem folga e com taquinhos novos)

- Hoje temos opções dos volantes reduzido por exemplo: Coroa 50 x 34 dentes ! Ou também usar um cassete com mais dentes atrás como 26,27,28 dentes.

Curiosidade: O ciclista Michael Rasmussen usou em 2007 durante as subidas do Tour de France uma bike da marca Colnago, feita para subidas, sem nem ter suporte para caramanhola.

Um pouco de psicologia:

Muitas vezes o que nos faz desistir de fazer força ou até mesmo de continuar, é achar que não vai conseguir simplesmente pelo medo de fracassar, pois então comece a treinar agora, é no treino que aceitamos errar. Como diria Lance Armstrong “ O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre”. Encare aquela subida como um desafio, queira subir e ganhar dela, afinal, quanto antes você subir, antes acabará sua dor.

Matéria por Igor Laguens

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Tao do TRI

Às vezes, gosto de pensar no triatlhon não como esporte, mas como arte marcial. Trata-se, afinal, de um combate constante com os próprios limites, e também contra adversários. De lutas interiores e batalhas exteriores. De lágrimas, suor e por vezes sangue. E de vida e morte, porque durante os treinos, nos matamos cada dia um pouquinho (literal e figurativamente), para depois de cada prova renascer, vitoriosos – ainda que seja por haver tentado.

Uma vez aceita essa proposição, o triatleta, enquanto praticante de arte marcial, passa a ser um guerreiro. Tem seu uniforme, que o torna parte de uma tribo, e lhe confere uma identidade perante o mundo ao seu redor; tem seu mestre, responsável por orientá-lo no caminho da natação, ciclismo e corrida; tem suas práticas diárias, que o tornam capaz de nadar, pedalar e correr mais rápido, ou mais longe, ou ainda, quando ele for um grande guerreiro, mas rápido E mais longe. Tem seus rituais, que lhe permitem ao longo do tempo nadar pedalar e correr como se nadarpedalarecorrer fosse uma coisa só. Por fim, tem suas Grandes Provas – que mesmo pequenas aos olhos dos outros, para ele serão sempre Grandes, porque envolvem superar a si e aos outros em três campos de batalha diferentes.

Assim era também com os Samurais do Japão feudal, que além de dominar a arte do manejo da espada e do arco e flecha, deviam ser proficientes no combate corpo a corpo. Eram de certa forma, triatletas sem saber. Só que além da prática diária nessas três modalidades, eles exercitavam com igual dedicação a Poesia, o Arranjo Floral e a Cerimônia do Chá. E é justamente nesse ponto que o Samurai-Triatleta de ontem e o Triatleta-Samurai de hoje começam a traçar caminhos divergentes. É nesse ponto que, no meu entender, temos a grande lição a aprender.

O Samurai, na prática das artes marciais, desenvolvia a técnica e o preparo físico que tornavam seu corpo apto à luta com o inimigo externo, assim como faz o Triatleta hoje em dia sem seus treinos. Já no exercício da Poesia, do Arranjo Floral e da Cerimônia do Chá, o guerreiro japonês buscava o equilíbrio e fortalecimento do seu espírito, que o permitia melhor enfrentar e vencer seus inimigos internos. E porque ele sabia, como também nós sabemos, que o inimigo interno (materializado no Medo, na Insegurança, e na Arrogância, dentre outros) nos derrota antes, e com mais facilidade, que o inimigo externo, o Samurai confiava menos no poder da técnica e do preparo que na força da vontade e do espírito.

Nesse ponto, me parece que nós, Triatletas-guerreiros de hoje, temos um vazio a preencher. Algumas vezes, ganhamos (i.e. compramos) nossa faixa preta antes de aprender a lutar, e, pior, acreditamos que ela detém o segredo da vitória. Com isso, corremos o risco de virar guerreiros de desfile, preocupados em mostrar nosso equipamento, uniforme e porte físico, mas desprovidos de ética, coragem, e humildade. Corremos o risco de, na pressa de buscar a vitória, desprezar outras faces da luta – como a técnica, o tempo de aprendizado e as derrotas – que são pré-requisitos da vitória sadia. E, levados pela crença cega e dependência exagerada nos equipamentos e na tecnologia, podemos até vencer os outros, mas continuaremos sempre perdendo para nós mesmos.

Talvez a nossa chance de resgatar em nós a essência do esporte esteja em voltar um pouco às origens, e nadar bastante em águas abertas (somente de sunga) pedalar muito na estrada (com um “caroção” de ferro), e correr sob sol, vento ou chuva (de calção e camisa de algodão, e um tênis qualquer). Deixar de lado, ainda que em alguns treinos somente, a crença nas promessas da alta tecnologia, e recuperar a confiança no que somos capazes de produzir sem carbono, sem vitaminas, sem hormônios, sem GPS e sem EPO. Esgotar as nossas possibilidades de melhorar sem recursos externos. E, porque não, trocar algumas horas de musculação por alguma atividade que acalme e fortaleça o espírito.

Como conseqüência, imagino que voltaríamos a nos aproximar daquele caminho trilhado pelo Samurai – o caminho que leva o Guerreiro, na busca da perfeição em sua arte, a tornar-se um indivíduo melhor. E quem sabe, como efeito colateral, chegaríamos (guardadas sempre as devidas proporções) mais próximos daquele que deve ser o resultado mais fantástico da história do Triatlhon até hoje: Dave Scott, 1980 – natação 50 min, ciclismo 5hs03min, corrida 3hs30min. Total 9hs 24min. De sunga, caroção e roupa de algodão.

domingo, 1 de novembro de 2009

Maratona de Curitiba - 22/11/2009

O atletismo tem se tornado muito popular no Brasil nos últimos anos, prova disso é a crescente procura pelas corridas de rua. No dia 22/11/2009 será realizada a 13ª Maratona de Curitiba, que conta também com uma prova de 10Km e a caminhada de 5Km. A busca pelas inscrições têm sido muito grande nos últimos dias, visto que é considerada uma das provas mais difíceis do país. Esse crescente número de inscrições pode ser explicado pelo sentimento de realização, como explica para nós o corredor José Antunes, de 65 anos e corredor há 5.

"Todos sempre dizem que a maratona de Curitiba é a mais difícil do Brasil, eu particularmente não faço os 42Km, prefiro as de 10. Em todas as corridas realizadas em Curitiba percebemos a cresente adesão do cidadão e o aumento da prática do atletismo. Todos os praticantes de corrida querem fazer essa prova, pois conseguir concluir nos desperta um sentimento de realização muito grande, uma sensação de dever cumprido."

A organização da Maratona traz uma novidade aos participantes. É a criação de um bônus na premiação no valor de R$ 1 mil para quem bater os recordes da prova no masculino e feminino. Para fazer sua inscrição, acesse o site da prova clicando Aqui.

sábado, 31 de outubro de 2009

Hidratação no Esporte

O consumo adequado de líquidos é uma prática nutricional de fundamental importância, antes, durante e após uma atividade física, para otimizar o desempenho e proteger a saúde e o bem estar de quem está se exercitando.


Em média, 60% do peso do nosso corpo corresponde à água. Durante o exercício físico, a temperatura do corpo aumenta rapidamente e começamos a liberar suor para eliminar o calor. Neste processo perdemos líquidos e eletrólitos (principalmente sódio, cloreto e potássio) fundamentais para o bom funcionamento do organismo. A taxa de transpiração é altamente variável, oscilando em média entre 1 e 2 litros de líquido por hora de exercício.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

WooM Sports!

Esse é o blog do WooM Sports!

Aqui você vai encontrar tudo sobre a WooM e seus atletas! Confira nossas promoções especiais para o blog e ainda concorra a muitos prêmios!

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